Símbolos

Constam na constituição de símbolos do colégio:

O Emblema e Lema

A maior parte do pouco que se sabe com certeza sobre a vida de São Mauro é contada por São Gregório Magno em sua Vida de São Bento.

Nesse texto é relatado o episódio que serviu de base à composição do emblema do Colégio São Mauro. Segundo São Gregório, num dia em que São Bento, já bastante idoso, se dedicava à oração viu numa revelação que o pequeno Plácido, como São Mauro criança entregue pelos pais para ser educada no mosteiro por São Bento, caíra no lago e estava sendo rapidamente arrastado pelas ondas.

Cenas do milagre das águas

São Bento, então, chamando por São Mauro, ordenou-lhe que corresse e ajudasse o menino. São Mauro obedeceu tão prontamente e com tanto zelo pelo bem do amigo que, sem perceber, caminhou sobre as águas do lago até onde estava o pequeno Plácido e, puxando-o pelos cabelos, trouxe-o em segurança para a margem onde, diante dos gritos de espanto e alegria dos monges que tinham assistido à cena, se deu conta do milagre.

É esse espírito de obediência e de zelo pelo bem dos outros que o Colégio São Mauro deseja transmitir a seus alunos. Daí o emblema e o lema escolhidos.

O emblema e o lema do colégio São Mauro

O desenho, propriamente dito, é uma litografia que reproduz o entalhe de um conjunto de estalas do coro de um mosteiro beneditino belga.

Nas ilustrações acima, detalhe de uma foto e uma litografia das estalas

A Cruz e o Escudo

O mosteiro construído no século VI por São Mauro, na Normandia, norte da França, foi destruído no século IX pela invasão normanda.

Nessa ocasião, os monges, levando as relíquias de São Mauro, fugiram para um local perto de Paris, hoje Saint-Maur-les-Fossés, que foi centro de peregrinação durante todas a Idade Média, pois as relíquias de São Mauro eram  fonte de muitos milagres. Posteriormente levadas para Paris, as relíquias foram destruídas na Revolução Francesa. Alguns mosteiros na Espanha e na Dalmácia tem relíquias de São Mauro,   distribuídas antes da destruição.

A cruz de São Mauro, transformou-se em distintivo

À esquerda pequena imagem de chumbo, datada do século XV e encontrada no rio Sena, perto da ponte Notre Dame, em 1861, mostra a inscrição S:MOR:DES:FOCES encimando a figura de São Mauro, perto do qual uma figura ajoelhada e duas muletas representam a natureza da graça alcançada. A peça está no Museu de Cluny, em Paris.

No local do mosteiro original, Glanfeuil, um segundo mosteiro, do século XI, foi destruído no século XIX.

Hoje, nas dependências de um terceiro mosteiro, erguido no século XVII, encontra-se, datada mais provavelmente do século IX, uma parede ornamentada com a chamada Cruz de São Mauro, obra esculpida em pedra, de inspiração celta, o que apontaria para uma origem ainda mais antiga dessa cruz, talvez contemporânea ao mosteiro original.
Com uma altura de 2,38 m e braços desiguais de 0,88 m e 0,66 m, a Cruz de São Mauro é uma obra única, que foi felizmente reproduzida na Capela do Colégio São Mauro pela mosaicista paulista Marinella Spadon. 

No Colégio São Mauro, a Cruz de São Mauro, também se transformou em distintivo, usado por professores, funcionário e alunos no símbolo inserido na bandeira da Escola.

A Cruz de São Mauro original, em pedra, e sua reprodução em mosaico na Capela do Colégio